Os encontros humanos buscam comunicação mas deveriam começar por ser como um livro em branco à espera que cada um escreva a verdade presente em cada momento .
Todos necessitamos de expressar os nossos sentimentos, pensamentos e experiências e de sentir que somos escutados e compreendidos pelos outros.
Muitos são os que já aprenderam a falar, a expressar-se mas poucos são os que sabem escutar.
A escuta é sem duvida uma das mais preciosas competências humanas essencial á comunicação interpessoal
…Para ser capaz de escutar realmente, diz Krishnamurti, "devemos abandonar ou colocar de lado todos os preconceitos, ideias feitas e actividades diárias. Quando a nossa mente está receptiva, entendemos tudo facilmente: escutamos quando dedicamos a nossa atenção real a algo ou alguém.
Mas, infelizmente, a maior parte de nós escuta através de uma tela de resistência. Os nossos preconceitos – sejam religiosos ou espirituais, psicológicos ou científicos – afastam-nos de uma escuta autêntica, assim como as nossas preocupações diárias, os nossos desejos ou expectativas, os nossos medos. E com isto como tela de resistência... escutamos! Pelo que, o que realmente escutamos é... o nosso ruído, o nosso som e não o que está realmente a ser dito..."
Há quem confunda escutar com Ouvir , ou apenas estar calado enquantro o outro fala . Mas ouvir é básicamente um processo passivo, enquanto escutar é um processo activo; por isso não deve identificar-se escutar com ouvir. Escutar requer prestar atenção a todos os sinais que nos são dirigidos pelo emissor com o propósito de nos transmitir uma mensagem; implica uma abertura consciente e voluntária à totalidade da mensagem do outro.
Mais do que qualquer outra explicação deixo a eloquência do poema abaixo como principio de reflexão:
ESCUTA PROFUNDA
Quando peço para me escutares e começas a dar-me conselhos, não estás a fazer o que eu pedi.
Quando te peço para me escutares e começas a dizer-me que não devo sentir o que sinto, estás a menosprezar os meus sentimentos.
Quando peço para me escutares e tu achas que tens de fazer alguma coisa para resolver os meus problemas, estás a omitir-te, por mais estranho que pareça. Escuta-me, tudo o que pedi foi que me escutasses!
Eu mesmo posso fazer isso.
Não sou impotente – talvez desanimado e hesitante, mas não impotente.
Quando aceitares como um facto simples que eu sinto o que eu sinto mesmo que irracional, posso tentar deixar de procurar convencer e começar a tentar entender o que há por trás desse sentimento irracional.
Quando ficar claro as respostas serão óbvias e não precisarei de conselhos.
Os sentimentos irracionais fazem sentido quando compreendemos o que há por traz.
Talvez seja por isso que a contemplação funciona, ás vezes para algumas pessoas – porque o divino é mudo, não dá conselhos, nem tenta consertar tudo.
Apenas escuta e deixa que tu resolvas por ti mesmo.
Então por favor, escuta-me e apenas ouve-me.
E se quiseres falar espera pela tua vez, e eu escutar-te-ei.
Talvez se nos sentarmos e escutarmos um ao outro, seremos capazes de resolver problemas ainda maiores do que os nossos – talvez possamos ouvir a voz muda do Divino.
Anónimo.
Uma boa escuta. Rosa Maciel
segunda-feira, 13 de julho de 2009
segunda-feira, 11 de maio de 2009
DESAFIO.
Nós não temos o controlo daquilo que nos acontece mas sim do que fazemos com isso.
Mesmo depois de estudarmos e até aplicarmos muitas técnicas e instrumentos de auto-ajuda e desenvolvimento pessoal e ainda que tenhamos escalado vários degraus da escada da evolução da consciência não deixamos de continuar a experimentar uma vida familiar, social e civilizacional . Com ela os problemas e dificuldades inerentes ás aprendizagens ainda por fazer.
As lições ainda em lista de espera vão continuar a aparecer , em muitos casos sobre a forma de uma nova dificuldade ou mesmo a repetição de uma antiga que já se acreditava resolvida; um conflito familiar, laboral ou afectivo, um processo judicial, uma doença, um desaire financeiro, a ruptura de um antigo relacionamento, um luto, uma desilusão ...
Enfim são inúmeras e incontáveis até mesmo imprevisíveis as peças deste jogo chamado vida.
Aproveitando a riqueza da imagem visualizemos a vida como um grande jogo desportivo e questionemos-nos:
- De onde vem o interesse que o ser humano têm pelos jogos desportivos?
- Não será do facto de sentir, ainda que de um modo confuso, que esses jogos são uma projecção das dificuldades que encontramos no nosso quotidiano:andar, correr, saltar, lutar, competir, escalar, acertar no alvo, superar obstáculos, saltar barreiras...
Então, uma vez que os jogos podem servir como sublimação ou compensação dos problemas e dificuldades que se tem de enfrentar no quotidiano , porque não inverter a situação, e passar considerar os problemas e dificuldades como desafios de um jogo ?
Por que é que, em vez de ficarmos acabrunhados, irritados ou deprimidos à mínima dificuldade, não passamos a dizer : "Eis mais uma boa oportunidade para eu realizar um bom desempenho. Vejamos como vou conseguir" .
" Cá está uma boa ocasião para substituir o velhos hábitos de ganha/perde pela nova habilidade de ganhar/ ganhar".
Sublinhe-se a especial atenção para a importância do treinos. Sem treinos regulares e ritmados nunca se conseguem bons jogos.
Melhor dizendo os bons jogos são fruto de bons treinos ;
" Estudai , muito bem, de cada vez, a natureza da prova que deveis enfrentar e lançai desafios a vós mesmos."
Por exemplo: «Não vou parar antes de ter chegado ao fim..."Ultrapassarei aquele obstáculo...» " Estou aberto às várias possibilidades", " aceitarei o que não depende de mim resolver" , " crio agilidade e distanciamento sensível para integrar o desconhecido"...
Sim, são desafios destes que devemos lançar a nós mesmos ,ante as dificuldades e veremos então que não só as provas nos parecerão mais fáceis de suportar, mas também que, ao vencermos estas provas, ganhamos uma nova confiança em nós e com ela uma Nova Percepção da vida e das circunstancias.
Então as dificuldades passarão a ser sentidas como estimulantes desafios.
Com votos de proveitoso treinamento. Rosa Maciel
Mesmo depois de estudarmos e até aplicarmos muitas técnicas e instrumentos de auto-ajuda e desenvolvimento pessoal e ainda que tenhamos escalado vários degraus da escada da evolução da consciência não deixamos de continuar a experimentar uma vida familiar, social e civilizacional . Com ela os problemas e dificuldades inerentes ás aprendizagens ainda por fazer.
As lições ainda em lista de espera vão continuar a aparecer , em muitos casos sobre a forma de uma nova dificuldade ou mesmo a repetição de uma antiga que já se acreditava resolvida; um conflito familiar, laboral ou afectivo, um processo judicial, uma doença, um desaire financeiro, a ruptura de um antigo relacionamento, um luto, uma desilusão ...
Enfim são inúmeras e incontáveis até mesmo imprevisíveis as peças deste jogo chamado vida.
Aproveitando a riqueza da imagem visualizemos a vida como um grande jogo desportivo e questionemos-nos:
- De onde vem o interesse que o ser humano têm pelos jogos desportivos?
- Não será do facto de sentir, ainda que de um modo confuso, que esses jogos são uma projecção das dificuldades que encontramos no nosso quotidiano:andar, correr, saltar, lutar, competir, escalar, acertar no alvo, superar obstáculos, saltar barreiras...
Então, uma vez que os jogos podem servir como sublimação ou compensação dos problemas e dificuldades que se tem de enfrentar no quotidiano , porque não inverter a situação, e passar considerar os problemas e dificuldades como desafios de um jogo ?
Por que é que, em vez de ficarmos acabrunhados, irritados ou deprimidos à mínima dificuldade, não passamos a dizer : "Eis mais uma boa oportunidade para eu realizar um bom desempenho. Vejamos como vou conseguir" .
" Cá está uma boa ocasião para substituir o velhos hábitos de ganha/perde pela nova habilidade de ganhar/ ganhar".
Sublinhe-se a especial atenção para a importância do treinos. Sem treinos regulares e ritmados nunca se conseguem bons jogos.
Melhor dizendo os bons jogos são fruto de bons treinos ;
" Estudai , muito bem, de cada vez, a natureza da prova que deveis enfrentar e lançai desafios a vós mesmos."
Por exemplo: «Não vou parar antes de ter chegado ao fim..."Ultrapassarei aquele obstáculo...» " Estou aberto às várias possibilidades", " aceitarei o que não depende de mim resolver" , " crio agilidade e distanciamento sensível para integrar o desconhecido"...
Sim, são desafios destes que devemos lançar a nós mesmos ,ante as dificuldades e veremos então que não só as provas nos parecerão mais fáceis de suportar, mas também que, ao vencermos estas provas, ganhamos uma nova confiança em nós e com ela uma Nova Percepção da vida e das circunstancias.
Então as dificuldades passarão a ser sentidas como estimulantes desafios.
Com votos de proveitoso treinamento. Rosa Maciel
terça-feira, 21 de abril de 2009
PROPÒSITO
Uma destas manhãs acordei com este pensamento e invocação:
Já há demasiadas pessoas que escrevem coisas demais , que de mim se distancie esse cálice:
- Pai invoco o Dom de Viver e de compreender aquilo que vivo.
Logo , logo recebi este Vídeo exemplo de sabedoria que se faz vida
. Esta é uma partilha que não poderia deixar de fazer em homenagem a quem contribui para a escola da vida.
Rosa Maciel
quinta-feira, 9 de abril de 2009
CAMPO DE PRESENÇA ATENTA
Todos nós carregamos aquilo a que Eckart Tolle identifica como uma entidade energética chamada " Corpo de Dor" que corresponde ás velhas emoções do passado carregadas do sofrimento humano que ainda não desapareceu e que são parte do nosso passado e parte do colectivo da humanidade.
Para nos libertarmos ou desligar desse " Corpo de dor" basta criar um Campo de Presença Atenta que permite observá-lo e reconhecê-lo. Ao ser reconhecido o corpo de dor Esvai-se.
A luz da presença da consciência apaga o fragmento identificado.
Esta foi uma receita que acatei, cozinhei ,pus e continuo a pôr em prática no meu dia a dia com reconhecido sucesso na identificação e libertação do Sofrimento, máxime "Corpo de Dor individual e colectivo", por isso recomendo.
Vale a pena ouvir e observar a mestria, para isso basta clicar o link abaixo;
http://video.google.com/googleplayer.swf?docid=-7384639036253507565&hl=pt-BR&fs=true
Já agora aproveito a ocasião para expressar a minha gratidão á generosa sabedoria deste SER que através do seu livro "O Poder do Agora" transmitiu-me as primeiras chaves para a minha libertação espiritual.
Obrigado Eckart Tolle.
Rosa Maciel.
Para nos libertarmos ou desligar desse " Corpo de dor" basta criar um Campo de Presença Atenta que permite observá-lo e reconhecê-lo. Ao ser reconhecido o corpo de dor Esvai-se.
A luz da presença da consciência apaga o fragmento identificado.
Esta foi uma receita que acatei, cozinhei ,pus e continuo a pôr em prática no meu dia a dia com reconhecido sucesso na identificação e libertação do Sofrimento, máxime "Corpo de Dor individual e colectivo", por isso recomendo.
Vale a pena ouvir e observar a mestria, para isso basta clicar o link abaixo;
http://video.google.com/googleplayer.swf?docid=-7384639036253507565&hl=pt-BR&fs=true
Já agora aproveito a ocasião para expressar a minha gratidão á generosa sabedoria deste SER que através do seu livro "O Poder do Agora" transmitiu-me as primeiras chaves para a minha libertação espiritual.
Obrigado Eckart Tolle.
Rosa Maciel.
quinta-feira, 2 de abril de 2009
IR VIVENDO?!
Aprendemos a respeito de nós mesmos através do envolvimento com o outro e do modo como enfrentamos os desafios do nosso meio.
Ambos são indiciadores do significado e do sentido existêncial.
- VIVER é a expressão das forças criadoras resultantes da busca e do encontro consigo mesmo e com a própria vida.Viver è agir, interagir, trocar, cooperar, expressar, corrigir ,libertar acrescentar,crescer, arriscar, criar , descobrir , desvelar, decidir, subtilizar e por isso evoluir.
A presente humanidade revela uma tendência crónica para reprimir o processo natural da vida, persistindo-se em confundir o " Grandioso Acto de VIVER" com o "Ir vivendo"...
- Existe uma enorme diferença entre Viver e " ir vivendo"
"Ir vivendo" é ter medo de viver.
É vigiar a forma como os outros vivem, é o deixarmo-nos dominar pela pressão,andar por consultórios médicos,tomar remédios multicoloridos, afastarmo-nos do que é gratificante, observar decepcionados cada ruga nova que o espelho nos mostra,
é aborrecermo-nos com o calor ou com o frio, com a humidade, com o sol ou com a chuva.
"Ir vivendo" é adiar a possibilidade de viver o hoje, fingindo contentarmo-nos com a incerta e frágil ilusão de que talvez possamos realizar algo amanhã."( Jorge Bucay)
Por favor, acham que vale a pena continuar no " ir vivendo?"
Não valerá a pena praticar o desfio de procurar aprender na relação consigo mesmo mas também na relação com os outros e aceitar , em tempo oportuno ,as circunstancias da vida gerando o novo , o efectivamente novo, e não apenas mais novas expressões do mesmo?!
Rosa Maciel
quarta-feira, 18 de março de 2009
VIVER È ESCOLHER
Há seculos que se procura o amor!
Actualmente a palavra amor é muito verbalizada.
È cada vez mais fácil pensar e falar no amor mas já é difícil amar.
Tornou-se fácil amar o mundo inteiro mas a dificuldade real do amor surge quando se trata de amar apenas um ou alguns seres humanos - aquele ou aqueles com quem vivemos ou temos de conviver.
Esta á uma das grandes provas da existência , amar os e nos relacionamentos. Construir e recriar atravéz deles.
Há quem diga que o problema do amor expressa-se na dificuldade em amar aqueles que estão demasiado perto pois conviver é sempre fonte de conflitos .Por isso cultivam o individualismo, a meditação e o desapego para escapar aos problemas mas acabam por ficar isolados na solidão pois prescindem de uma parte do seu amor- aquela que se reflecte, expande e retorna através dos outros.
Diria que amar o próximo é o milagre resultante da escolha de aprender a viver e conviver com ele a partir do nosso centro.Este é o verdadeiro fenómeno do amor e o real propósito da existência - Escolher descobrir -nos no outro, enfatizando o que nos une e aproxima e largando ou deixando ir o que nos separa ou afasta.
Só vive quem escolhe .
RM:~)
Actualmente a palavra amor é muito verbalizada.
È cada vez mais fácil pensar e falar no amor mas já é difícil amar.
Tornou-se fácil amar o mundo inteiro mas a dificuldade real do amor surge quando se trata de amar apenas um ou alguns seres humanos - aquele ou aqueles com quem vivemos ou temos de conviver.
Esta á uma das grandes provas da existência , amar os e nos relacionamentos. Construir e recriar atravéz deles.
Há quem diga que o problema do amor expressa-se na dificuldade em amar aqueles que estão demasiado perto pois conviver é sempre fonte de conflitos .Por isso cultivam o individualismo, a meditação e o desapego para escapar aos problemas mas acabam por ficar isolados na solidão pois prescindem de uma parte do seu amor- aquela que se reflecte, expande e retorna através dos outros.
Diria que amar o próximo é o milagre resultante da escolha de aprender a viver e conviver com ele a partir do nosso centro.Este é o verdadeiro fenómeno do amor e o real propósito da existência - Escolher descobrir -nos no outro, enfatizando o que nos une e aproxima e largando ou deixando ir o que nos separa ou afasta.
Só vive quem escolhe .
RM:~)
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